Já a pesquisadora e doutoranda em Antropologia Social, Camilla Nascimento, explica que os dados do IBGE revelam a continuidade histórica do crescimento da parcela de brasileiros que se declaram evangélicos, assim como a continuidade da queda do número de católicos. “O que é revelador nesses novos dados é a desaceleração do crescimento dos evangélicos, em comparação com o Censo de 2010, Goiânia teve um decréscimo de 0,9% na população que se apresenta como evangélica”.

Segundo Camilla, o crescimento da parcela de brasileiros que se declaram evangélicos perdeu força pela primeira vez desde 1960, “o que se olharmos na perspectiva da história de colonização católica do Brasil, faz todo sentido perceber uma queda história, haja que o Estado se tornou laico e a religião já não é imposta como fora em outros momentos nas instituições de ensino e em outros espaços institucionais”.

“No entanto, se os evangélicos ainda estão em crescimento, mas de forma desacelerada no Brasil, é preciso dizer que há um crescimento de outras religiões, assim como daqueles que se apresentam como ateus ou sem religião, e isso mostra uma maior diversidade religiosa no país”, destaca a pesquisadora, que acrescentou que o fator revela que muitos que antes se afirmavam católicos, muitas vezes por tradição familiar, agora sentem que tem liberdade para fazer outras afirmações.

 

 

 

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